domingo, 11 de setembro de 2011

A história de Maitiá Peirê - Matinta Pereira

Por favor, tenha forças eu estou aqui
A guerra te levou para longe de mim
Eu fiquei aqui
Não pode te esperar
Você ia morrer
Eu te procurei
Na margem do rio
Adormeci de frio
Mas não me cansei
Pela manhã te procurei

Por favor, tenha forças eu estou aqui

Eu ouvi dizer
De todos os guerreiros
Só você caminhava para aqui chegar
Como fazer para te encontrar
Se o rio é largo e logo
A mata é escura
Procurar o mal para me ajudar
Fique no mesmo lugar

Por favor, tenha forças eu estou aqui

E vi o demônio
Eu roubei um Deus
Ajudei o mal
E poder me deu
Para te achar
Eu corri na terra
Eu nadei no rio
Não tive mais frio
Eu voei no céu
Eu te encontrei.

Por favor, tenha forças eu estou aqui

Não pare de respirar
Pare de sangrar
Diga-me uma palavra para me acalmar
Eu vou te carregar
Tenha forças para me segurar
Por favor, não vá
Por favor, tenha forças eu estou aqui
Por favor, não vá

O rio vermelho
A noite fria
Nem uma palavra
A  força da índia não valia

um Deus furioso
lhe encontrou
não tirou suas forças
não a matou

E a maldição, que não morria
Pela terra andaria
E uma semente
no seu ventre ficou
Uma menina gerou
E são as aves do céu, animais do rio
Animais das matas

- Temos a força, estamos aqui.

São as Matintas
Fazendo o seu vôo.
Arrepiando os homens
E lembrando de um grande amor.




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