terça-feira, 17 de maio de 2016

As Filhas da Matinta





Sou um contador de histórias da Amazônia não apenas por morar na região, mas principalmente por possuir no meu contar a peculiaridade dos contadores de história da floresta, a encantaria amazônica. 



Para entender e dominar os poderes ancestrais da arte de contar história na Amazônia, estou dedicado a um projeto que coleta histórias no interior da região, estudando a forma como os contadores anciões as contam. 



No decorrer dessa pesquisa fui descobrindo muitos pontos relevantes do contador de histórias da floresta que vão além da interpretação, que mergulham no universo da encantaria e ligam os espectadores a uma memória coletiva.



Tenho a certeza que dessa arte ainda tenho muito para aprender, mas o pouco que já construí tem deixado meu contar história com um gostinho bem especial.


História: As filhas da Matinta
Cidade: Oiapoque/AP

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Joca Monteiro é a mais nova estratégia de Marina


Marina Silva, anunciou nesta sexta (1º de abril) que criará em seu governo o Ministério do Amor e terá como Ministro o Contador de histórias Joca Monteiro de Macapá/AP. 

segunda-feira, 28 de março de 2016

Seci - A filha esquecida no fundo do rio




Durante a minha apresentação na Feira da Torre de TV em Brasília, alguns moradores de rua pararam para ouvir a história e no meio da encantaria me apareceu a Seci, visivelmente doente, dessas doenças que só podem ser curadas pelo outro. Estava muito transtornada e ao me aproximar dela fui agredido, e ainda recebi alguns socos, me defendi com um abraço e nos meus braços ela se acalmou. Sentei a mulher no chão e falei a ela que ouvisse uma história de vó e ela parou para ouvir. 

Seci adormeceu ouvindo a história do Pretinho da beira do Rio Tartarugalzinho. Seci por alguns instantes foi Nazaré, a filha do seu Dionísio que trocou a realidade pelo sonho e fantasia do fundo do Rio. 


Determinada hora a mulher desperta e agora quer me ajudar a contar a história e ajuda mesmo.

Sesi é uma mulamba, drogada e suja; Seci é uma filha abandonada, uma mulher que tem apanhado muito da vida e dos homens que deveriam e nada fazem para ajudá-la. Seci é hostilizada por onde passa, porque Seci é "PE-RI-GO-SA" e sua loucura vai ficando cada dia mais insana, cada dia mais nociva, pois nunca ninguém lhe deu um abraço, um afeto, um carinho e todas as palavras que ela recebe diariamente estão carregados de ódio. 


Um vendedor ambulante que ouvia a história disse que quando viu a Seci se aproximando de mim, pensou que ali encerrava a apresentação, já que a mulher não respeita ninguém e é agressiva mesmo, na mesma hora ele se levantou pronto pra me ajudar mais se surpreendeu e ficou sem reação ao ver eu me defendendo com um abraço. <3 

Quando terminei a apresentação, Seci estava visivelmente tranquila, visivelmente em paz, visivelmente gente, pois o que há dentro de todos os molambos jogados, molhados, sujos e perdidos espalhados no chão, ainda é gente, é gente ainda; iguais a mim, iguais a todos. (aprendi isso no OcupaNise 2015)

Antes de partir foi a minha vez de ganhar seu abraço, abraço verdadeiro, desses que acalma a gente e nos impulsiona a seguir. Seci pegou o lenço que usei na apresentação e me ornou com todo carinho me chamando bem baixinho de meu rei, demonstrando toda sua gratidão, me devolvendo em dobro todo o amor que lhe entreguei naquele abraço e naquela história. 

Agora com o meu novo figurino, parei e posei para a foto e antes do clique, Seci pegou a peneira e me surpreendeu compondo a fotografia que ilustra essa história. Longe de mim querer ser santo, mas a peneira ficou parecendo uma aureola. :) Depois eu ri muito da fotografia.

Claro que aquela filha de Deus não poderia sair dali sem me deixar um recadinho pro meu caminhar. 

- Não tenha medo do verbo alheio! - Falou no meu ouvido, meu deu um beijo de alguns segundos e saiu rindo a toa.

    "As histórias propõe cuidado e cuidar do outro gera benefícios coletivos, faz bem pra quem é cuidado, faz bem pro cuidador, faz bem pra todos os que estão em seu entorno" 

   A Fotografia é Elisete Jardim.

     "Não terei medo do verbo alheio" - Joca

sexta-feira, 25 de março de 2016

Histórias da encataria Amazônica são Contadas em Brasília


Nô mês de abril Brasília vai poder conhecer as histórias encantadas da Amazônia com o artista Amapaense Joca Monteiro.
Joca é professor, técnico em educação e cultura, Contador de histórias, brincante e pesquisador da encantaria Amazônica.
Seu repertório é composto por 16 histórias, uma de cada município de seu Estado de origem, o Amapá.
Cada história foi coletada pessoalmente com os mestres anciões do meio da floresta Amazônica em uma pesquisa que durou 2 anos.

As Histórias possuem como principal característica a encantaria da Região Norte, todo o imaginário da floresta contada com muita força, deixando sempre aquele clima de suspense, exatamente como antigos contavam, fazendo os meninos e meninas se arrepiarem dos pés a cabeça.
Para contar suas histórias, Joca cria uma atmosfera que reproduz o ambiente onde a mesma foi coletada, sempre com uma luz em penumbra e uma sonoplastia de floresta, permitindo que os expectador se envolva no suspense Amazônico.


Em alguns momentos das histórias os ouvintes são conduzidos a catarse, experimentando momentos de pânico e aflição seguida da sensação de felicidade por estar tudo bem; além das emoções sentidas durante a apresentação, as histórias da floresta também são socioeducativas, apresentando um conteúdo riquíssimo na condução ao auto cuidado, cuidado com o outro e cuidado com o meio.


                                     "As histórias propões cuidado e cuidar do outro gera benefícios coletivos" - Joca

Joca Monteiro afirma que as histórias deste repertório, apesar do apelo para o suspense e alguns pais e professores ficarem com o pé atrás, elas são bem aceitas pelas crianças, que se encantam e se tornam multiplicadoras da oralidade recontando para amigos e familiares, com a intenção de reproduzir o encantamento que sentiram ao ouvir a história.
Em Brasília Joca visitará escolas, fará apresentações em praça pública, assim como festas e ventos. Para agendar uma apresentação do Contador de histórias da Amazônia basta entrar em contato pelo whatsapp 96 991888541.

“Joca, o artista que se expressa com a alma, que veio das asas de um Passarim, aquele que primeiro conta e depois encanta”
Maristela Papa
Amigos das Histórias
Brasília - DF



“Joca Monteiro conta com a alma. Mostra o talento e o carisma do 
amazônida. Joca mostra através da contação o jeito 
único do povo Tucuju”
Lu de Oliveira
Movimento de Contadores de Histórias do Amapá
Macapá - AP

"Joca, um artista encantador ou seria encantado? Com o som das palavras e
 do triângulo, um corpo presente e olhar vivo nos leva 
ao mundo mágico dos contos amazônicos”.
Josi Burigo
Grupo MIM MEI MAC
São Paulo -SP


Joca, a voz das histórias Amapaenses, para os outros Estados Brasileiros e para o mundo de forma séria sem no entanto ser sisuda, pois é brincante, cantante, provocadora de emoções profundas.
Edvânia Braz 
Grupo Gwaya Contadores de Histórias/UFG





E lá vem ele: o lobisomem do Amapá! É Ele que toca o triângulo, ou é o triângulo que toca a gente? Não sei, só sei que é assim : Joca Monteiro chega, toca e conta com paixão lendas da Amazônia e nos permite sonhos, suspense e surpresa. 
Andrea Sousa
Subsecretária de Cultura de Santo Amaro (SP)



Joca Monteiro: Pra começar, suas histórias são como as águas amazônicas: crescem no encontro. Estar ao seu lado, vê-lo e ouvi-lo é como tomar um chá de autoestima, é descobrir em suas lendas o poder de um povo que tem muito a oferecer ao mundo - sua sabedoria, sua cultura, seus mitos, seus mestres. Joca Monteiro é uma força da natureza! E ele agora faz parte da minha lista dos "para sempre". 
Rosana Mont'Alverne
Presidente da Câmara Mineira do Livro 


quinta-feira, 24 de março de 2016

Vivência para Contadores de histórias no Rio de Janeiro



O Ateliê Pequenalegria, trás ao Rio de Janeiro o Contador de Histórias Joca monteiro que facilitará Oficinas de ampliação do conhecimento em uma vivência de 3 dias.

Dia 8 - Oficina a Interpretação para Arte de Contar histórias - Um mergulho na peculiaridade do contador de histórias da floresta.
Hora: 9 às 12h

Dia 9 - Mediação de Leitura através da Memória. - Práticas de coleta de histórias com foco na albetização e letramento.
14 as 18h

Dia 10 - Apresentação do espetáculo de contação de histórias - Memórias 18h


Joca - Um Contador de Histórias
Professor, Técnico em Educação Cultura, Contador de histórias, Brincante e Pesquisador da Encantaria Amazônica.

Público
Contadores de histórias, professores e qualquer interessado em conhecer esta arte.


O Ateliê PEQUENALEGRIA. é um espaço comprometido com a Literatura, arte e Cultura em Botafogo.
No espaço acontecem oficinas de arte, poesias, palestras, saraus, lançamento de livro e muito mais.

End. Rua Real Grandeza 372, sala 204, Botafogo - RJ
Próx. ao Cemitério São João Batista

Investimento
R$60,00
15 vagas

Formas de pagamento
Boleto ou cartão em até 6x

Link da loja: http://temporario-brcontahistoria.lojaintegrada.com.br/

Mais informações.
21 99701 - 1094
ou deixar contato para ser adicionado no grupo do whatsApp





segunda-feira, 21 de março de 2016

O Boi de Pindorama - Uma reflexão no plenário da Câmara Federal











Um dia um sábio Contador de histórias chamado Willian Reis teve um sonho, garantir o direito dos contadores de histórias brasileiros enquanto profissionais dessa arte.
Ele sabendo que um sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, resolveu então coletar contadores de histórias pelo Brasil e junto com sua princesa das histórias a linda e encantadora Maristela Papa, passaram a dedicar suas vidas ao reconhecimento desses profissionais.
Com a consciência de que deveriam ter representantes de todo o Brasil, precisavam encontrar um Contador do Norte que pudesse representar o Brasil da Floresta, foi aí que ouviram um jovem Contador Pajé, chamado Joca, remando contra a maré em uma canoa furada e gritando: - Socorro, eu preciso ser ouvido, os contadores do meio do mato precisam de ajuda, estou quase desistindo.
Agarraram o contador pelo meio da cintura e o ensinaram a remar em águas salgadas. O sábio Contador lhe contou seu sonho, que completava o sonho do Contador Pajé, que também era o sonho de outros contadores e muitos outros Contadores de Histórias foram se unindo em torno de um sonho sonhado junto.
Eram tempos difíceis, uma crise política e financeira assolava a nação. Os homens brigavam pelo domínio do tesouro e eram poucos os que queriam ouvir uma história. E assim o Sábio Contador levou o Contador Pajé para que suas palavras fossem ouvidas pela Nação. Palavras para acalantar os homens e conduzir os que se permitirem ouvir, a trilhar o caminho do amor.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Volta às aulas na rede pública ganha a alegria do Palhaço Joca Boboca.

O Palhaço Boboca Nariz de Pipoca Perna Torta Não toma Coca Dorme na Maloca Nakanela Muriçoca é interpretado pelo PROFESSOR e CONTADOR DE HISTÓRIAS Joca Monteiro, que a anos desenvolve metodologias lúdicas para conduzir a criança no universo mágico da leitura.

Na ultima edição mais de 5.000 crianças foram alcançadas e a pretensão do projeto é dobrar este número em 2016.

É simples e fácil levar o projeto até sua escola, basta ligar e agendar no whatsApp 96 991888541. Antes da apresentação, a escola recebe a visita do artista que de sala em sala entrega o INGRESSINHO POPULAR não obrigatório de apenas R$ 2,00 para cada criança apresentar aos responsáveis. No dia marcado toda a escola é contemplada com um número de palhaço que é uma ousada mediação de leitura. É desse forma que o projeto se mantém, chegando em sua terceira edição.

O agendamento vai até 11 de março, período que o artista fica na cidade antes de levar o mesmo trabalho e seus resultados para compartilhar com outros em Brasília, onde estará ministrando oficina e recebendo uma homenagem junto com outros contadores na Câmara de Deputados pelo dia Internacional do Contador de Histórias (20 de março) 

Traga sua escola para fazer parte desse projeto, incentive o artista local e proporcione aos alunos momento encantadores que os acompanharão pelo resto da vida.


“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
Paulo Freire

Fotos:Paulo Rocha

 As escolas que aderirem ao projeto ganham um boneco Boboquinha para sortear entre seus alunos.

Saiba Mais: https://www.facebook.com/media/set/edit/a.581821485298999.1073741887.267636140050870/

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

CRIANÇA CRIANÇA CRIANÇA





DOAÇÕES DE MATERIAIS PODEM SER ENTREGUES NA AV. PARÁ 180, ESQUINA COM A SANTA FÉ, CIDADE NOVA E DOAÇÕES EM DINHEIRO ATRAVÉS DE BOLETO E CARTÃO VIA PAYPAL.
MAIS INFORMAÇÕES 96 991888541
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016