sábado, 21 de dezembro de 2019

Lobizu / Zuri Lobo 
Página 1
Era uma vez uma cadela que se chama Zuri, ela é muito boazinha e tem um dono que se chama Gulherme, eles adoram brincar um com o outro.
Página 2
Zuri tem um segredo, ela se transforma em lobo em noite de lua cheia para proteger as crianças de rua que não tem pai nem mãe.
Página 3
Uma vez depois de se transformar um homem muito malvado captura zuri, para maltratar dando comida ruim e batendo nela.
Página 4
Guilherme o dono de Zuri começou a sentir falta de sua cadela, pois ela não voltou para casa.
Página 5
Quando anoiteceu Guilherme resolveu ir atrás de sua amiga sem seus pais saberem, e encontrou os meninos de rua que também estavam procurando a lobizu e resolveram se juntar para procurar.
Página 6
Guilherme e os meninos de rua encontraram a lobizu chorando muito, o homem malvado abandonou Zuri depois que ela se transformou em um cachorro normal.
Página 7
Guilherme descobriu o segredo de sua cadela, e eles e os meninos de rua cuidaram de Zuri e depois disso ela continuou ajudando as crianças e assim viveram felizes para sempre.
                 
                   FIM Ficha técnica 
Autor: João Guilherme Conceição do Carmo.
Idade: 8 anos
Estudante
Livro produzido nas aulas de Reforço Escolar com auxílio da professora Camila Aguiar
Dedico esse livro, feito com muito amor e carinho para minha família, que eu amo de todo o meu coração, é a forma de agradecer ao meu papai, minha mamãe e a minha vovó, por todo o cuidado, e por  sempre estarem dispostos em me fazer feliz, amo muito  vocês.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Volta ás aulas no Município de Calçoene teve alegria dos contos da Amazônia e lançamento de Livro.

A prefeitura de Calçoene convidou o escritor Joca Monteiro para receber os alunos da rede municipal no retorno às aulas no segundo semestre deste ano; com muita irreverência e ludicidade, Joca apresentou seus contos coletados no Amapá para conduzir os pequenos no universo mágico da leitura.


Em 8 escolas alcançadas, mais de 3.000 estudantes do ensino fundamental e E.J.A. tiveram a oportunidade de ouvir os causos do contador de histórias, um estímulo a mais para o retorno das aulas.





“Joca é um encantador de crianças, com seus contos populares ele envolve os alunos na encantaria da Amazônia e assim deixa mensagens de amor e cuidado ao próximo, foi a melhor pedida para começar o segundo semestre com prazer e alegria” Júlio Cesar - Prefeito

O projeto Volta as aulas também contou com programação na Biblioteca Pública Municipal onde ocorreu o lançamento do livro O Calça Molhado, uma narrativa que fala de uma lenda encontrada na Comunidade do Cunani que é conhecida por muitos moradores de Calçoene.


“Não esperava que o livro tivesse uma repercussão tão animada, foi lindo ver a biblioteca lotada para prestigiar o lançamento da minha obra, me senti privilegiado e agradecido por tamanho reconhecimento” Joca Monteiro - Escritor

Joca Monteiro aproveitou sua estadia no Município para coletar outras narrativas populares para publicações futuras.



sábado, 6 de julho de 2019

Amapaense escreve, ilustra e edita uma Coletânea de Histórias do Amapá.

Conhecido no mundo da arte como Joca Monteiro, talento amapaense que além de artista e professor, também produz artesanalmente, divulga e comercializa informalmente seus livros.

Joca percorreu por todo o Estado coletando histórias, 8 delas compões o Coletânea Histórias do Amapá e são um sucesso entre os alunos das séries iniciais do ensino fundamental. 



"Ele era um menino malvado que adorava matar os animais por pura diversão. Praticando uma de suas maldades ele foi encantado, mora no     fundo do rio e assombra até hoje a Comunidade Quilombola do Cunani." - O CALÇA MOLHADA - CALÇOENE

Joca, de 37 anos, produz livros artesanalmente fabricados com material de alta qualidade. Os livros são de grande durabilidade e vem numa embalagem charmosa e colorida, ideal para os apaixonados por leitura, e são vendidos a R$20.


"É comum na Amazônia homens e mulheres que possuem o poder da metamorfose, em Pedra Branca do Amapari tem um homem que vira porco - O HOMEM QUE VIRA PORCO - PEDRA BRANCA

A editora do Joca Funciona na Baixada Pará onde conta com apoio da família e outros moradores do lugar na produção dos livros.

A COLETÂNEA VOL.1 está em uma super promoção de férias, no mês de julho ela pode ser adquirida por R$120,00 basta ligar (96) 32174325 ou mandar mensagem no zap que o Joca entrega 991585083. 







sábado, 18 de maio de 2019

Literatura Infantil Amapaense, um excelente material de apoio ao professor no Amapá.

Encontro NUPROLIDE 2019 - SEED
Com uma editora artesanal na Baixada Pará, o Escritor Joca Monteiro que também é contador de histórias já produziu 8 livros de contos e lendas. Compondo a Coletânea Histórias do Amapá, os livros fazem muito sucesso entre os alunos da rede e auxiliam os professores quando o assunto é memória local.

Editora na Baixada - Foto: Josimar Nascimento

Artista desde os 17 anos, Joca (37), tem um modo bastante peculiar de valorizar a oralidade do povo amapaense. Para isso, ele visitou todos os municípios do Estado conhecendo e conversando com diversos mestres da cultura popular amazônica. Num período de cinco anos, o escritor coletou histórias, preparou as narrativas e agora cada Município está ganhando um livro.





Barco Novo Amapá - A Mulher que Via o Futuro/Ilustração
“Já tenho 8 livros prontos e pretendo até o final do ano estar com os 16 municípios representados na Coletânea. O processo mais difícil já foi realizado, agora o mais demorado é concluir as ilustrações” – Comenta o escritor que também é ilustrador dos próprios livros.

As narrativas falam sobre os mistérios da Amazônia, tendo os encantados como protagonistas para abordar temas transversais como Meio Ambiente, Higiene, Pedofilia, Bullying, Cuidados com o idoso e outras causas importantes na educação das crianças.

“Ele era um menino malvado que adorava matar os animais por pura diversão. Praticando uma de suas maldades ele foi encantado, mora no fundo do rio e assombra até hoje a Comunidade Quilombola do Cunani” – Resumiu seu sétimo livro, O Calça Molhada.

São os títulos disponíveis: As Filhas da Matinta - Oiapoque, O Homem que Vira Porco - Pedra Branca, O Vaqueiro sem Cabeça - Macapá, O Pretinho do Rio - Tartarugalzinho, A Mulher que Via o Futuro – Laranjal do Jary, Mani (A lenda da Mandioca) - Cutias do Araguari e O Boto Português - Vitória do Jari.



“Quando me falaram de Cutias do Araguari eu pensei logo em Pororoca e saí pela região coletando histórias da onda gigante, mas acabei comendo tanta farinha que resolvi contar a lenda da mandioca. Uma narrativa construída à base de Farinha do Pacuí.” – Comenta uma de suas aventuras. 


Nas escolas, Joca leva seu material de divulgação e faz o anúncio em cada sala. As crianças participam de sorteios dos livros, brincadeiras, atividades, e aprendem sobre o legado do povo amapaense. Os professores por sua vez aproveitam as histórias para enriquecer suas aulas e é muito comum o Joca ser convidado para bater um papo na sala de aula com os alunos.


“Todos participam, os alunos se divertem, os professores compartilham e todo mundo ganha. A escola é a principal forma de fazer a divulgação e a distribuição desses livros. Eu vivo da minha arte e ter as portas dos colégios abertas para minhas obras é muito importante para manter o trabalho, já que eu não conto com apoio institucional. Antes da editora eu fiz um cálculo que já tinha atendido mais de 50 mil estudantes com minhas histórias, já ultrapassei essa marca e me orgulho pois sei que estou fazendo a diferença na literatura local”, destacou.


Escola São Lázaro/Foto: Josimar Nascimento

Os livros também fazem sucesso em outros lugares do Brasil, como Rio de janeiro, São Paulo e Florianópolis para onde o Escritor já distribuiu suas obras e muitos outros Estados aguardam a chegada da Coleção do Joca Monteiro.



Cada livro custa R$25,00 e toda a coleção está disponível em um box de madeira. Para adquirir uma obra basta mandar mensagem no WhatsApp  96 999636350 que a Editora entrega em casa ou na escola, com direito a uma história contado de forma lúdica pelo próprio autor. 


Joca Monteiro e suas obras na Fronteira de Oiapoque/Guiana

quinta-feira, 16 de março de 2017

Uma história pintada no Navio

Estava voltando de Belém em uma viajem de navio, eu vinha na rede e aproveitava para colocar em prática algumas técnicas de pintura que havia aprendido. Passei 8 horas pintando um auto retrato, eu deitado na rede. 

Enquanto eu pintava muitas crianças se aproximavam de mim dizendo que o pai ou mãe mandou perguntar quanto custava uma pintura. Eu ria e dizia que não era pintor, que demorava muito pra pintar. 

E toda hora vinha um moleque se pendurando a rede e ficava aquela rodinha em meu entorno, chegando a me atrapalhar, teve uma hora que eu me aborreci com tanto erê na minha rede e mandei todo mundo mundo capar o gato.

Eu sabia que se quisesse mesmo me tornar um pintor, eu teria que melhorar a técnica e ser mais rápido também, 8 horas pra pintar um rosto é muito tempo. 

Estava dando o último retoque no desenho da rede quando me apareceu a uma atentadinha.

- Moço, o papai mandou perguntar se você pode pintar o meu retrato, ele paga.

- Mas eu não sou pintor, já disse! E não da tempo daqui a pouco vamos atracar.

Respondi sem prestar muita atenção pra menina:

- Por favor moço! - Falou balançando a rede e me irritando. 

Quando olhei pra ver quem era aquela abusadinha, vi que se tratava de uma menina de 9 anos, que era linda e que o lado direito do seu rosto tinha uma enorme queimadura, parecia ser causada por óleo quente. Quando vi o rosto da menina fiquei muito comovido e estimulado a pintar. 

Coloquei a menina em uma contra luz para não realçar as marcas da queimadura e iniciei a pintura, nunca havia pintado tão rápido, em 45 minutos eu fiz o retrato da Laurinha que ficou o tempo todo ali no meu lado, junto com seu pai na maior torcida para eu terminar antes do navio atracar. E não é que eu terminei?! 

Pai e filha ficaram muito felizes, os olhos da menina brilhavam e ela saiu correndo abraçada com seu retrato, até hoje quando eu lembro da cena eu me emociono. Depois o pai veio perguntar quanto custava a pintura, e respondi que me contentava com o aprendizado e a beleza daquela experiência. 

Hoje, graças a Laurinha eu aprendi a pintar muito rápido e aprendi também a colocar sentimento na pintura. 
Sigo pintando e dia 24 de Março vou está no Bacabeiras, programação do Grito Rock, vou contar histórias e também fazer uma exposição com minhas pinturinhas. <3






terça-feira, 17 de maio de 2016

As Filhas da Matinta





Sou um contador de histórias da Amazônia não apenas por morar na região, mas principalmente por possuir no meu contar a peculiaridade dos contadores de história da floresta, a encantaria amazônica. 



Para entender e dominar os poderes ancestrais da arte de contar história na Amazônia, estou dedicado a um projeto que coleta histórias no interior da região, estudando a forma como os contadores anciões as contam. 



No decorrer dessa pesquisa fui descobrindo muitos pontos relevantes do contador de histórias da floresta que vão além da interpretação, que mergulham no universo da encantaria e ligam os espectadores a uma memória coletiva.



Tenho a certeza que dessa arte ainda tenho muito para aprender, mas o pouco que já construí tem deixado meu contar história com um gostinho bem especial.


História: As filhas da Matinta
Cidade: Oiapoque/AP

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Joca Monteiro é a mais nova estratégia de Marina


Marina Silva, anunciou nesta sexta (1º de abril) que criará em seu governo o Ministério do Amor e terá como Ministro o Contador de histórias Joca Monteiro de Macapá/AP. 

segunda-feira, 28 de março de 2016

Seci - A filha esquecida no fundo do rio




Durante a minha apresentação na Feira da Torre de TV em Brasília, alguns moradores de rua pararam para ouvir a história e no meio da encantaria me apareceu a Seci, visivelmente doente, dessas doenças que só podem ser curadas pelo outro. Estava muito transtornada e ao me aproximar dela fui agredido, e ainda recebi alguns socos, me defendi com um abraço e nos meus braços ela se acalmou. Sentei a mulher no chão e falei a ela que ouvisse uma história de vó e ela parou para ouvir. 

Seci adormeceu ouvindo a história do Pretinho da beira do Rio Tartarugalzinho. Seci por alguns instantes foi Nazaré, a filha do seu Dionísio que trocou a realidade pelo sonho e fantasia do fundo do Rio. 


Determinada hora a mulher desperta e agora quer me ajudar a contar a história e ajuda mesmo.

Sesi é uma mulamba, drogada e suja; Seci é uma filha abandonada, uma mulher que tem apanhado muito da vida e dos homens que deveriam e nada fazem para ajudá-la. Seci é hostilizada por onde passa, porque Seci é "PE-RI-GO-SA" e sua loucura vai ficando cada dia mais insana, cada dia mais nociva, pois nunca ninguém lhe deu um abraço, um afeto, um carinho e todas as palavras que ela recebe diariamente estão carregados de ódio. 


Um vendedor ambulante que ouvia a história disse que quando viu a Seci se aproximando de mim, pensou que ali encerrava a apresentação, já que a mulher não respeita ninguém e é agressiva mesmo, na mesma hora ele se levantou pronto pra me ajudar mais se surpreendeu e ficou sem reação ao ver eu me defendendo com um abraço. <3 

Quando terminei a apresentação, Seci estava visivelmente tranquila, visivelmente em paz, visivelmente gente, pois o que há dentro de todos os molambos jogados, molhados, sujos e perdidos espalhados no chão, ainda é gente, é gente ainda; iguais a mim, iguais a todos. (aprendi isso no OcupaNise 2015)

Antes de partir foi a minha vez de ganhar seu abraço, abraço verdadeiro, desses que acalma a gente e nos impulsiona a seguir. Seci pegou o lenço que usei na apresentação e me ornou com todo carinho me chamando bem baixinho de meu rei, demonstrando toda sua gratidão, me devolvendo em dobro todo o amor que lhe entreguei naquele abraço e naquela história. 

Agora com o meu novo figurino, parei e posei para a foto e antes do clique, Seci pegou a peneira e me surpreendeu compondo a fotografia que ilustra essa história. Longe de mim querer ser santo, mas a peneira ficou parecendo uma aureola. :) Depois eu ri muito da fotografia.

Claro que aquela filha de Deus não poderia sair dali sem me deixar um recadinho pro meu caminhar. 

- Não tenha medo do verbo alheio! - Falou no meu ouvido, meu deu um beijo de alguns segundos e saiu rindo a toa.

    "As histórias propõe cuidado e cuidar do outro gera benefícios coletivos, faz bem pra quem é cuidado, faz bem pro cuidador, faz bem pra todos os que estão em seu entorno" 

   A Fotografia é Elisete Jardim.

     "Não terei medo do verbo alheio" - Joca