sábado, 18 de maio de 2019

Literatura Infantil Amapaense, um excelente material de apoio ao professor no Amapá.

Encontro NUPROLIDE 2019 - SEED
Com uma editora artesanal na Baixada Pará, o Escritor Joca Monteiro que também é contador de histórias já produziu 8 livros de contos e lendas. Compondo a Coletânea Histórias do Amapá, os livros fazem muito sucesso entre os alunos da rede e auxiliam os professores quando o assunto é memória local.

Editora na Baixada - Foto: Josimar Nascimento

Artista desde os 17 anos, Joca (37), tem um modo bastante peculiar de valorizar a oralidade do povo amapaense. Para isso, ele visitou todos os municípios do Estado conhecendo e conversando com diversos mestres da cultura popular amazônica. Num período de cinco anos, o escritor coletou histórias, preparou as narrativas e agora cada Município está ganhando um livro.





Barco Novo Amapá - A Mulher que Via o Futuro/Ilustração
“Já tenho 8 livros prontos e pretendo até o final do ano estar com os 16 municípios representados na Coletânea. O processo mais difícil já foi realizado, agora o mais demorado é concluir as ilustrações” – Comenta o escritor que também é ilustrador dos próprios livros.

As narrativas falam sobre os mistérios da Amazônia, tendo os encantados como protagonistas para abordar temas transversais como Meio Ambiente, Higiene, Pedofilia, Bullying, Cuidados com o idoso e outras causas importantes na educação das crianças.

“Ele era um menino malvado que adorava matar os animais por pura diversão. Praticando uma de suas maldades ele foi encantado, mora no fundo do rio e assombra até hoje a Comunidade Quilombola do Cunani” – Resumiu seu sétimo livro, O Calça Molhada.

São os títulos disponíveis: As Filhas da Matinta - Oiapoque, O Homem que Vira Porco - Pedra Branca, O Vaqueiro sem Cabeça - Macapá, O Pretinho do Rio - Tartarugalzinho, A Mulher que Via o Futuro – Laranjal do Jary, Mani (A lenda da Mandioca) - Cutias do Araguari e O Boto Português - Vitória do Jari.



“Quando me falaram de Cutias do Araguari eu pensei logo em Pororoca e saí pela região coletando histórias da onda gigante, mas acabei comendo tanta farinha que resolvi contar a lenda da mandioca. Uma narrativa construída à base de Farinha do Pacuí.” – Comenta uma de suas aventuras. 


Nas escolas, Joca leva seu material de divulgação e faz o anúncio em cada sala. As crianças participam de sorteios dos livros, brincadeiras, atividades, e aprendem sobre o legado do povo amapaense. Os professores por sua vez aproveitam as histórias para enriquecer suas aulas e é muito comum o Joca ser convidado para bater um papo na sala de aula com os alunos.


“Todos participam, os alunos se divertem, os professores compartilham e todo mundo ganha. A escola é a principal forma de fazer a divulgação e a distribuição desses livros. Eu vivo da minha arte e ter as portas dos colégios abertas para minhas obras é muito importante para manter o trabalho, já que eu não conto com apoio institucional. Antes da editora eu fiz um cálculo que já tinha atendido mais de 50 mil estudantes com minhas histórias, já ultrapassei essa marca e me orgulho pois sei que estou fazendo a diferença na literatura local”, destacou.


Escola São Lázaro/Foto: Josimar Nascimento

Os livros também fazem sucesso em outros lugares do Brasil, como Rio de janeiro, São Paulo e Florianópolis para onde o Escritor já distribuiu suas obras e muitos outros Estados aguardam a chegada da Coleção do Joca Monteiro.



Cada livro custa R$25,00 e toda a coleção está disponível em um box de madeira. Para adquirir uma obra basta mandar mensagem no WhatsApp  96 999636350 que a Editora entrega em casa ou na escola, com direito a uma história contado de forma lúdica pelo próprio autor. 


Joca Monteiro e suas obras na Fronteira de Oiapoque/Guiana

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V ocê pode também entrar em contato pelo whatsApp 96 991888541