domingo, 3 de julho de 2011

O CHORO


existe sempre uma coisa ausente
suas falas e seu balé encantado estão doentes
o sorriso que abre a festa
não chega no seu travesseiro eu sei
pela manhã vestígios de lamurias
achei meia dúzia de prantos debaixo do seu cobertor
neles não há ódio e nem rancor
menos ainda amor


um vazio
...
as vezes seu choro não faz uma lágrima
só gemidos prensados no peito
e sempre resultam em um soluço baixinho
abafado pela respiração
ouvi dizer que soluçar olhando para o céu é oração

acho que está aí o soluto
não neste luto mascarado
nessa casca endurecida
nesse estilo complicado
de mil deuses e nem uma solução

ouvi falar de um anjo que recolhe soluços após o segundo céu
entrega ao moço Emanuel
que traduz o soluço
apresenta a saída
e manda a alegria em forma de brisa
pela manhã

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